A pintura renascentista e os avanços da geometria
O termo Renascimento é comumente aplicado à
civilização europeia que se desenvolveu entre 1300 e 1650, sobretudo no século
XVI. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período
muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e
das ciências, que superaram a herança clássica.
No campo das artes, a
interpretação cientifica do mundo característica do renascentismo acabou por
refletir sobretudo na pintura. Os estudos da perspectiva segundo os princípios
da Matemática e da Geometria, obtiveram grandes avanços durante o renascimento.
O uso da perspectiva conduziu a outro recurso, o claro-escuro, que consiste em
pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra. Esse jogo de contrastes
reforça a sugestão de volume dos corpos. A combinação da perspectiva e do
claro-escuro contribuiu para o maior realismo das pinturas.

Nascimento de Vénus- Botticelli
A redescoberta
da antiga filosofia, da literatura, das ciências e a evolução dos métodos empíricos
de conhecimento caracterizam todo este período. Em oposição ao espírito
escolástico e ao conceito metafísico da vida, busca-se uma nova maneira de
olhar e estudar o mundo natural. Esse naturalismo vincula-se estreitamente à
ciência empírica e utiliza suas descobertas para aplicá-las nas obras de arte.
Os novos conhecimentos da anatomia, da fisiologia e da geometria são
prontamente incorporados, possibilitando, por exemplo, a representação do volume
pelo uso da perspectiva, dos efeitos de luzes e cores. Do ponto de vista
filosófico, surge uma nova concepção do mundo e do destino do homem, uma visão
mais realista e humana dos problemas morais.
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