quarta-feira, 4 de abril de 2012

                             Funções da arte




Dependendo do tipo de interesse, podemos distinguir 3 funções principais para a arte: a pragmática, a naturalista e a formalista.

Função naturalista – O interesse está mais voltado para o conteúdo da obra do que para seu modo de apresentação. Exemplo: os retratos. Os critérios de avaliação de uma obra de arte do ponto de vista da função naturalista são: a correção da representação, a inteireza ou integridade do assunto e o vigor da representação.









Função formalista – Visa a forma de apresentação a obra de arte. É o único dos interesses que se ocupa da obra de arte como tal e por motivos estéticos. Os critérios de avaliação desse do ponto de vista são tirados da própria obra, ou seja, os princípios e organização interna dos elementos que compõem uma obra de arte variam de acordo com cada novo projeto.





Função pragmática ou utilitária – Segundo essa função, a arte serve como meio para se alcançar um fim não-artístico, não sendo valorizada por si mesma, mas por sua finalidade. Não interessa saber se a obra tem ou não qualidade estética, basta que se avalie, do ponto de vista moral, a finalidade à qual a obra serve. 







A pintura renascentista e os avanços da geometria

O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização europeia que se desenvolveu entre 1300 e 1650, sobretudo no século XVI. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. 

No campo das artes, a interpretação cientifica do mundo característica do renascentismo acabou por refletir sobretudo na pintura. Os estudos da perspectiva segundo os princípios da Matemática e da Geometria, obtiveram grandes avanços durante o renascimento. O uso da perspectiva conduziu a outro recurso, o claro-escuro, que consiste em pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra. Esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos. A combinação da perspectiva e do claro-escuro contribuiu para o maior realismo das pinturas.


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Nascimento de Vénus- Botticelli





Rubens, O Rapto das filhas de Leucipo

                                                                                                           
A redescoberta da antiga filosofia, da literatura, das ciências e a evolução dos métodos empíricos de conhecimento caracterizam todo este período. Em oposição ao espírito escolástico e ao conceito metafísico da vida, busca-se uma nova maneira de olhar e estudar o mundo natural. Esse naturalismo vincula-se estreitamente à ciência empírica e utiliza suas descobertas para aplicá-las nas obras de arte. Os novos conhecimentos da anatomia, da fisiologia e da geometria são prontamente incorporados, possibilitando, por exemplo, a representação do volume pelo uso da perspectiva, dos efeitos de luzes e cores. Do ponto de vista filosófico, surge uma nova concepção do mundo e do destino do homem, uma visão mais realista e humana dos problemas morais.