quarta-feira, 21 de março de 2012

A função pedagógica da arte na idade média


A fase histórica Idade Média perdurou de 476 (Queda do Império Romano do Ocidente) a 1453 (Tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos) e é uma das fases da nossa Linha do Tempo Histórica em que houve o resgate do esplendor e glória da Idade Antiga em sua cultura greco-romana.
No início da Idade Média, o Feudalismo estava sendo formado. O Feudalismo foi um sistema econômico, social, político e cultural, característico da Europa durante a Idade Média. Ele era caracterizado pela inexistência da autoridade do rei e os senhores feudais eram autônomos em seus domínios, ou seja, o poder era descentralizado (localismo).



 Mas qual foi a função pedagógica da arte na Idade Média? O quê a arte ensinava, o quê ela transmitia naquela época? Naquela época, o status era medido pela quantidade de terras que a pessoa possuia. E a Igreja obtinha a maior parte das terras, aproximadamente 2/3. Ou seja, a Igreja nessa época era muito poderosa, e também muito influente. Por isso, a arte nessa época era usada para promover os pensamentos religiosos.



A Idade Média não foi composta somente pelo Feudalismo. Ocorrerram as Guerras Santas, a Crise Feudal, o reaquecimento do comércio, a formação dos burgos (cidades formadas devido ao reaquecimento do comércio), até a formação das monarquias nacionais. A Idade Média é chamada por muitos historiadores de “Idade das Trevas”. Isso porque a Igreja Católica detinha o monopólio do conhecimento, enquanto os leigos viviam na “escuridão do conhecimento”. A Igreja incentivou muito o ensino na Idade Média. Mas ela, obviamente, só incentivava a obtenção do conhecimento que a favorecesse. É aí que a arte se encaixa. Como havíamos dito antes, a arte serviu para divulgar a ideia religiosa da época. Foi incentivada a criação de quadros, músicas, poemas, esculturas, enfim, tudo que pudesse promover a Igreja Católica.

quarta-feira, 14 de março de 2012



O que pensadores, críticos e filósofos pensam sobre o que é arte?Ao longo dos séculos o ser humano criou inúmeras definições para a palavra arte. Cada pessoa a vê de uma maneira diferente. No entanto, muitas dessas definições, criadas por artistas, pensadores e críticos, por exemplo, permanecem em nossa sociedade até hoje.
   Para Giordano Bruno, grande filósofo grego, havia tantas artes quantos eram os artistas, introduzindo o conceito de originalidade, pois para ele a arte não tem normas, não se aprende e procede da inspiração.


Aristóteles, também filósofo grego, a definiu como uma disposição de produzir coisas de forma racional.

  Marcus Fabius Quintilianus, pensador da Roma Antiga, mais conhecido como Quintiliano, entendia a arte como aquilo que era baseado em um método e em uma ordem.


Cassiodoro, famoso escritor romano, por outro lado, destacou o aspecto produtivo e ordenado da arte, assinalando três funções para ela: ensinar, comover e agradar ou dar prazer. 


  Para Charles Baudelaire, crítico de artes francês, a definição de arte pura é: “Criar uma mágica sugestiva, contendo a um só tempo o objeto e o sujeito, o mundo exterior ao artista e o próprio artista.”




Na época do Renascimento, a arte tinha como papel central a representação da Natureza, ou mesmo a sua imitação. Leonardo da Vinci, considerado por muitos um dos maiores gênios da história e umas das figuras mais importantes do Alto Renascimento, registra em um de seus escritos a opinião de que o principal critério a partir do qual deve ser avaliada uma arte ou uma forma de expressão artística seria a “completude” com que esta poderia representar a Natureza. Para ele, a pintura poderia – através da captação e expressão da imagem – lograr tanto uma representação mais “direta” e “imediata” como uma maior “completude” na representação da Natureza e dos aspectos efetivos da vida humana.  Leonardo muito falou sobre arte: “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível.”


“O objetivo mais alto do artista consiste em exprimir na fisionomia e nos movimentos do corpo as paixões da alma.” “A lei suprema da arte é a representação do belo.” Em outra situação, o pintor da famosa obra Monalisa afirma: “A arte é coisa mental.'' 

Assim, podemos concluir que enquanto Giordano Bruno achava que a arte não tinha normas e vinha puramente da inspiração, Quintilianus a via de forma contrária: ela era baseada em uma ordem e um método. Aristóteles também pensava sobre a arte tendo como base um conceito mais racional. Já Cassiodoro e Baudelaire achavam que ela era sugestiva, ensinando ou transmitindo uma mensagem. Da Vinci exaltava o belo e tinha uma definição mais ampla: com a arte você poderia expressar o que não poderia talvez ser dito com palavras, ou seja, era de liberdade do artista, retratar em suas telas o que ele quisesse, o inexprimível.
A definição de arte depende de cada um. Cada pessoa a vê de uma maneira diferente.