A ARTE RUPESTRE
Há milhares de anos os povos antigos já se manifestavam artisticamente.
Embora ainda não conhecessem a escrita, eles eram capazes de produzir obras de
arte. É ai que entra em cena a arte rupestre. Ela é composta por representações
gráficas (desenhos, símbolos, sinais) feitas em paredes de cavernas pelos
homens da Pré-História, com o objetivo de comunicação, ou então, apenas para
expressar suas ideias e retratar o mundo à sua volta.
Características principais da
arte rupestre:
O homem pré-histórico era capaz de se expressar artisticamente através
dos desenhos que fazia nas paredes de suas cavernas. Suas pinturas mostravam os
animais e pessoas do período em que vivia, além de cenas de seu cotidiano
(caça, rituais, danças, alimentação, etc.). Expressava-se também através de
suas esculturas em madeira, osso e pedra. O estudo desta forma de expressão
contribui com os conhecimentos que os cientistas têm a respeito do dia a dia
dos povos antigos.
Para fazerem as pinturas nas paredes de cavernas, os homens da
Pré-História usavam sangue de animais, saliva, fragmentos de rochas, argila,
etc.
As formas de documentar pinturas rupestres mudaram
conforme o avanço tecnológico. Primeiro eram feitos desenhos; depois, decalques
plásticos em tamanho natural, fotografados e reduzidos, fotografias e, mais
recentemente, registros tridimensionais.
Arte Rupestre no Brasil:
A arte rupestre
está registrada em rochas e grutas em todo o Brasil. São mais de 780 sítios
arqueológicos, onde as pinturas rupestres deixaram o rastro dos primeiros
"pintores" brasileiros de que se tem notícia.
Em Minas Gerais, um
dos sítios mais importantes é o Vale do Peruaçu. Em paredões bem altos, os
"pintores" da Antiguidade fizeram seus desenhos a cerca de dez metros
do chão, provavelmente se encarapitando em cima de árvores! As pinturas do
Peruaçu são de vários estilos, e os pesquisadores calculam que tenham entre
2.000 e 10.000 anos.
O Parque Nacional
da Serra da Capivara, na Região Nordeste, possui centenas de sítios
arqueológicos portadores de pinturas rupestres, caracterizadas pela presença de
representações humanas, animais, plantas e objetos em cenas com temas
identificáveis e composições típicas. Os painéis são resultados dos diferentes
momentos em que foram pintados. Pelas características
dos desenhos, percebe-se que no decorrer dos milênios, nem sempre eles foram
realizados pelos mesmos grupos culturais. Neles estão representados temas de
grande diversidade, tais como caça, dança e coleta.


Preservação:
Por vandalismo e
desconhecimento da importância da arte rupestre como fonte histórica, uma
grande parte das pinturas já foi danificada, seja através de riscos, gravação
de nomes, ou mesmo fraturas causadas por picaretas.
Atualmente a
preservação da arte rupestre é muito visada nos sítios arqueológicos, com o
objetivo de evitar o seu desaparecimento, considerando suas contribuições para
com a história do Brasil.
A Arte Rupestre e o
Grafite:
A arte rupestre foi
utilizada em épocas antigas como forma de comunicação e expressão de opiniões
entre os povos. O Grafite é uma maneira de manifestação artística em espaços públicos,
utilizado com o objetivo de expressar uma ideia. Nota-se então, que tanto a
arte rupestre quanto o grafite são formas que o artista tem de expressar a sua
opinião e se comunicar com a sociedade à sua volta. Enquanto a arte rupestre
era utilizada a milhares de anos atrás pelo homem pré-histórico, o grafite é
uma forma atual de arte, urbanizada e com influências da sociedade moderna.